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Da Graça Divina de poder recomeçar a sua vida a cada dia


“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.

E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.

E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.

O amor é paciente, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.

Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;

Não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade.

Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá...”    1 Coríntios 13:1-8


Estas palavras provêm da pena do apóstolo Paulo para os Coríntios e foram escritas no ano 53 d.C., 23 anos após a crucificação de Jesus. Mil novecentos e ciquenta e seis anos depois ainda servem como uma impressionante descrição do mandamento básico de Jesus Cristo – a Canção do Amor.


O Apóstolo Paulo nasceu entre os anos 8 e 9 d.C., como Saulo Paulo, em Tarso. A igreja católica o celebra desde o dia 28 de junho de 2008, o Ano do Paulo, por ocasião dos 2000 anos do seu nascimento. Saulo Paulo nasceu em Tarso, que hoje fica na Turquia. Ele era um judeu romano porque Tarso pertencia ao Império Romano.


Ainda jovem, Jerusalém o atrai para estudar com Gamaliel, um dos mais famosos professores fariseus, com a meta de se tornar um Rabi. Já em pouco tempo Saulo Paulo se tornou o melhor aluno de Gamaliel. Mas, mesmo convicto das idéias do povo de Israel, perseguia com um ódio fanático os discípulos de Jesus, porque via neles uma ameaça para Jerusalém e os costumes tradicionais de Moisés.


Na sua primeira cena no palco da história mundial, Saulo Paulo aparece com o apedrejamento de Estevão, onde concorda e assiste. Aquele Estevão, um dos primeiros mensageiros dos discípulos de Jesus. A partir daquele dia tem início uma grande perseguição da ainda jovem comunidade de Jerusalém.


Saulo Paulo recebe do Sumo Sacerdote uma procuração especial e se torna o motor dessas perseguições, que acontecem em todas as cidades da Judéia. Seu nome se torna um susto herodiano horroroso para os seguidores de Cristo. Isso tudo acontece no ano 33 d.C., 3 anos após os acontecimentos no Gólgota.


Como é possível que uma pessoa que desencadeou tanto sofrimento e tanta desgraça, 20 anos mais tarde escreva a Canção do Amor?


Como é possível que uma pessoa que lutou tanto contra Deus se torne um grande Apóstolo dos povos e assim um instrumento de Deus?


Saulo Paulo experimentou a Graça Divina de poder começar, de um dia para o outro, uma nova vida. Ele se encontrava no caminho para Damasco, para também ali perseguir membros da jovem igreja.
Lucas escreve sobre isso em Atos 9:


“Em sua viagem, quando se aproximava de Damasco, de repente brilhou ao seu redor uma luz vinda do céu. Ele caiu por terra e ouviu uma voz que lhe dizia: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” Saulo perguntou: “Quem és tu Senhor?” Ele respondeu “Eu sou Jesus, a quem você persegue.” “Levante-se, entre na cidade, alguém lhe dirá o que você deve fazer.” Os homens que viajavam com Saulo pararam emudecidos; ouviam uma voz, mas não viam ninguém. Saulo levantou-se do chão e, abrindo os olhos, não conseguia ver nada. E eles o levaram pelas mãos até Damasco.”


Com o acontecimento em Damasco, Saulo se torna Paulo. Ele ganha a confiança dos discípulos de Jesus e com isso segue a atividade do Apóstolo dos Povos, Paulo. Por meio dele, a Luz de Jesus Cristo é levada do Leste para Roma. Paulo começa a sua missão com os pagãos e contribui, em grande parte, para que de uma pequena comunidade judia se torne a maior religião mundial. Para alcançar esta meta ele percorre mais de 30.000 quilômetros. Nada o impediu de proclamar o evangelho, nem as flagelações e nem a permanência na prisão. O Apóstolo Paulo se torna um difusor do Cristianismo, o mensageiro do amor do nosso amado Mestre Jesus.
Troca de cenário!


No ano de 1181, na Itália, em Assis nasce Francesco Bernardone, filho do comerciante de tecidos Pietro Bernardone e sua esposa Giovanna.


O jovem Francesco Bernardone se agarra com todos os sentidos à vida, gasta de mãos cheias o dinheiro do seu pai e canta canções de amor e de heróis da pátria que sua mãe, proveniente da terra dos trovadores, trouxe. Francesco está sempre cercado de um punhado de homens e mulheres eufóricos, que se divertem às suas custas e realmente o adoram. Ele quer subir alto, sonha com ações cavalheirescas e coroas de louro.


Com 21 anos, na batalha de Collestrada, ele se torna prisioneiro em Perugia. Mas os seus sonhos sobre heroísmo e sorte na guerra o ajudam a superar a breve prisão nas torres de Perugia e a repercussão de uma grave doença. Assim, pelo menos, ele crê quando 3 anos mais tarde, em 1205, cavalga no exército de Walter Brienne para Apulia.
Na verdade, as batalhas e a doença destruíram drasticamente sua auto estima eufórica mais do que ele queria admitir. Em Soleto, ele interrompe o comboio para Apulia e retorna para Assis.


Inicía uma fase de meses de solidão, onde mora em grutas e se distancia de seus amigos. Inspirado pela vida de Jesus Cristo, ele pede a Deus que lhe dê forças e a Graça para a completa transmutação.


Em 1206, ele peregrina para Roma. Com as roupas cheias de buracos de um mendigo, com o qual trocou as roupas em frente à Igreja de Pedro, ele retorna à sua cidade natal. Chegando em casa, começa a servir com amorosa entrega no Hospital San Salvatore e, além disso, cuida de pessoas acometidas por lepra.


O rico pai está fora de si e arrasta seu filho ante o tribunal do bispo. Mas, Francesco devolve suas roupas e seu dinheiro ao pai e diz descontraído as grandes palavras: “Até aqui chamei Pietro Bernardone meu pai, mas agora eu quero servir ao Senhor. A partir de agora, não falo mais “pai Pietro Bernardone”, mas sim, somente, Pai nosso que estais no céu.”


A partir daquele dia, ele é Francesco de Assis e, para nós, entra para a História como São Francisco de Assis, fundador de um mosteiro e compositor do Canto do Sol, estigmatizado no fim da vida.
O apóstolo Paulo e São Francisco de Assis, ambos experimentaram a Graça Divina de um dia para outro poderem recomeçar suas vidas. Um, verdadeiramente convidado por Deus pelo seu filho Jesus Cristo: “Saulo, Saulo por que me persegues?”, e o outro, que pede a Deus, inspirado na vida de Jesus, para transmutar a sua vida por meio da Graça.


Vocês agora vão se perguntar: o que essas personalidades têm que ver conosco, com a nossa própria chance de mudar a nossa vida de um dia para outro, dar-lhe um sentido, mudá-la para melhor, colocá-la na Luz? São o Apóstolo Paulo e São Francisco de Assis tão excepcionais, tão especiais e tão dignos de amor que se tornam para nós inacessíveis?


A situação, a vida e as ações do Apóstolo Paulo, que é uma encarnação do Mestre Hilarion, e Francisco de Assis, que é uma encarnação do Mestre Kuthumi, não nos facilita o sentimento de inacessibilidade e respeito diante destas correntes de vida.


Isto é propósito? Não
A Graça Divina é só para eleitos? Não
Será que eu pessoalmente talvez não seja digno? Não
Como então posso me aproximar dela? Como posso me abrir para ela?


Eu vou ao encontro dela, me abro para ela abrindo-me para o meu ser interno. É que a Graça Divina consiste no presente cheio de Graça que Deus já nos deu.


O presente é a Graça Divina que já carregamos dentro de nós. Ela já está ancorada em nós. Nós devemos apenas ter a coragem e a vontade de abrir, arrombar a porta para ela, deixar entrar a Luz no quarto da nossa vida, que está atrás da porta, para que seja Luz – Luz em nós.


Como podemos entender isso?


Deus deu às pessoas o presente cheio de Graça, porque com a entrada no reino humano, colocou a Centelha Divina DELE em nossos corações. Uma Centelha Divina que nos torna filhos da Luz, mas também filhos de Deus, porque Deus está presente em nós, por meio de Sua Presença Divina em nossa Presença Divina EU SOU.
Quando eu estou pronto para reconhecer esta ligação, eu estou pronto para a Divina Graça de poder recomeçar a minha vida de um dia para outro – me direcionando para a minha Presença Divina em mim.
Estamos realmente prontos para isso?


Não é muito mais fácil se deixar guiar pelo ser externo do que pelo ser interno? Não é muito mais fácil crer no nosso lado mau do que no bom? Não é muito mais simples deixar a porta para este quarto e para este recomeço fechada?


Afinal de contas, existem vivências e experiências suficientes e padrões de pensamentos que sempre nos conscientizam das nossas carências, incapacidades e fraquezas.


Infelizmente, isso foi ainda mais reforçado por algumas instituições, pela pregação da imagem do “pecador indigno”.
O Mestre EL Morya certa vez disse: “Vocês não precisam combater nenhuma fraqueza, troquem-na simplesmente pela plenitude do puro Amor, que a tudo perdoa”.


E ele quer dizer com isso: o Amor, que tudo perdoa, para consigo mesmo. Porque com o Amor é como com a Paz. Os dois devem começar em mim para ter efeito no externo. Isso quer dizer que eu só tenho condições de amar, se eu amo a mim mesmo; e eu só tenho condições de trazer Paz, quando eu tiver encontrado a minha própria paz.
Comecemos a amar a nós mesmos, vamos parar de nos banhar nas nossas próprias fraquezas, vamos parar de nos ver como pequenos fracos e maus. Comecemos a nos desviar dessas coisas e permitir o reconhecimento de que carregamos em nós uma Centelha Divina cheia de Graça, perdoar e transmutar as insuficiências das nossas vidas até aqui. Uma Centelha Divina que nos possibilita começar de novo e assim ajudar a iluminar mais esta Terra.
Jesus Cristo disse no Sermão da Montanha:


“Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;
Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa.
Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus."
      Mateus 5, 14-16


Se queremos começar a alinhar a nossa vida, se queremos começar a resistir ao nosso ser externo, se queremos começar a ser filhos da Luz, se queremos começar a nos conscientizar da abençoadora Graça em nós, se queremos começar a não colocar a nossa luz debaixo do alqueire, mas sim no velador, então chegou o momento da conscientização da Centelha Divina em nós, chegou o momento de nos colocarmos a caminho para a maravilhosa viagem para a nossa Presença Divina EU SOU em nós. Uma viagem que não poderia ser mais extraordinária, feliz e emocionante.


Uma viagem para o país do mar azul-rei. Nesse país, você acha a Fé na onipotência Divina, que guia você, protege, ilumina, cura e provê tudo o que deve ser feito para você.


Uma viagem para o país das estrelas douradas. Nesse país, você acha, com a ajuda da sabedoria e da iluminação e por amorosa paciência, o plano Divino que deve se realizar para você.


Uma viagem para o país dos sóis cor de rosa. Quando você interiorizar a Luz rosa desses sóis, vai sentir como a eterna força do Amor se irradia através de você, como flui para a atmosfera e abençoa toda a vida.
Uma viagem para o país da Luz branca-cristal. Quando você passa pela fronteira desse país e a sua pureza toma conta de você, você verá como todas as sombras e todos os limites se dissolvem imediatamente. Se você permanecer por mais tempo nesse país, você vai conseguir se lembrar das belezas dos Reinos da Luz e entregar a condução ao seu interno ser.


Uma viagem para o país dos bosques e lagos verdes-musgos-dourados. Andando pelos bosques você ouve a maravilhosa música das esferas, cujo som maravilhoso surge dos pensamentos pacificados, curadores e harmoniosos. Quando você anda pelas margens dos lagos claros e maravilhosos, o desejo da verdade que trará tudo à Luz, que for belo e bom, preenche você e tudo o que é inferior sai e deixa seus corpos inferiores experimentarem cura.


Uma viagem para o país do nascer e pôr-do-sol rubi-dourado, que também é chamado o país da Paz. Um país onde a abençoadora e curadora Presença o preenche e pela qual você traz a toda parte, Paz e Harmonia.
E uma viagem para o país do Fogo Violeta, também chamado o país da Liberdade. Neste país você é preenchido com a Graça e Misericórdia que lá é vivida, que possibilita a você transmutar tudo o que não é Luz e o que contraria o desempenho para dissolver as cargas cármicas.


Quando tivermos viajado por esses sete países e interiorizado as suas virtudes, teremos encontrado a Presença Divina em nós, então teremos submetido o nosso ser externo à direção Dela.


Existem coisas que facilitam a nossa viagem. Primeiramente, uma indicação de Kenich Ahan, o Hierarca do Templo do Sol em Yucatan, no México. Em uma mensagem de novembro de 2008, ele fala sobre as possibilidades de aproximarmos a nossa consciência da nossa Presença Divina – nosso EU SOU. Ele diz:


”Assim pedimos a vocês, consigam nesta vida terrena o passo para o Divino EU de vocês, para que possam se conectar a Ele conscientes. Não é necessário um grande passo, a consciência de vocês deve se elevar um tanto para poderem realmente sentir esta ligação e para que vocês possam falar conscientes com esta fonte, o Deus, a força Divina em vocês, que os dirige e os conduz. É apenas necessário um salto de consciência para criar a ligação consciente. Olhem para a substância do cérebro de vocês, que prevê o passo para as células que devem ainda ser acordadas para que possam sentir a ligação... e vejam todas as células do cérebro transpassadas pela Luz Divina... E nós falamos para as substâncias das células: que as células queiram acordar conforme o Plano Divino prevê para cada um de vocês... e vocês podem ajudar imaginando sempre como a Luz dourada transpassa o cérebro... a Luz da Iluminação, da Sabedoria – que tem uma participação determinante para acordar e fortalecer a função do cérebro, para que vocês tenham acesso ao seu Divino EU SOU. Esse exercício, vocês podem fazer continuamente. Chamem para isto, os amigos do Raio Dourado da Iluminação, para que os ajudem.”


Até aqui foram as palavras de Kenich Ahan. Poderíamos reformular esta mensagem com a ajuda de uma afirmação. Talvez assim:


EU SOU a Luz dourada da Sabedoria e da Iluminação, que se expande, preenche e acorda todas as células do meu cérebro e aproxima, com isso, a minha consciência da minha Presença Divina e me permite tornar-me um(uma) filho(a) da Luz ...e EU SOU grato(a) por isso.


Utilizemos esta ferramenta e permitamos que a nossa consciência se aproxime da nossa Presença Divina.
Eu pessoalmente jamais posso esquecer que um pequeno livrinho azul se tornou uma ferramenta para a viagem à minha Presença Divina. Quando, em fevereiro de 2006, pela primeira vez participei de um seminário com Senta Ramin e Franz Prein, que foi organizado por Renate Herzfeld, em Dortmund, e no final adquiri na mesa de livros que Heidi Heringhaus cuidava, um pequeno livrinho azul com o título “Meditações e Apelos”. Pequeno e pouco vistoso por fora, tanto mais esplêndido seu “interno Ser”.


Ao atento ouvinte não pode ter passado despercebido que ele me inspirou muito na minha viagem para os sete países. Desde fevereiro de 2006, leio todos os dias, antes da irradiação da Luz, os textos do Raio do dia. Mesmo tendo feito alguns desvios, podemos presumir que desde então li os textos da Irradiação do dia, mais ou menos 150 vezes. Foi fascinante constatar que apesar da freqüência da leitura desses textos, às vezes tinha a sensação de estar lendo-o pela primeira vez, descobri-lo novamente ou talvez entendê-lo somente naquele momento.
A leitura deste pequeno livrinho azul se tornou para mim uma viagem de descobertas para mim mesmo. Descobertas que, para mim, sob o aspecto da Graça Divina de poder recomeçar a minha vida, foram muito importantes. Dois aspectos me marcaram decisivamente e eu penso que são determinantes para o caminho para si mesmo:


O primeiro aspecto vem do Mestre Confúcio. O Chohan do Segundo Raio diz na segunda-feira: “Quando vocês olharem somente para a luz interna em cada um de seus próximos, que a possuem e devem um dia desenvolvê-la, quando suas aparências externas não mais incomodarem vocês – então, amados discípulos, vocês terão realizado o que lhes foi ensinado e que significa encarar a vida cheios de veneração”.
“Olhar para a luz interna...” “quando a aparência externa não mais incomodar...”


Isso soa maravilhosamente tão simples...


Quando interiorizamos num momento essas palavras de Confúcio e direcionamos novamente a nossa atenção para o apóstolo Paulo e para Francisco de Assis, para o bem, como entraram para a Luz e deixaram a escuridão para trás, temos então que chegar à conclusão de que cada pessoa tem dentro de si a capacidade de mudar e que devemos a ela respeito, mesmo que ainda não tenha realizado essa mudança?


Isso não quer dizer que devemos amar cada pessoa, mesmo quando ainda incorpora o Saulo e não o Paulo em si, e incorpora em si o sonhador Francesco Bernardone e não o estigmatizado Francisco de Assis?
Francisco de Assis disse certa vez: “Bem aventurado aquele que suporta o seu próximo com suas insuficiências, assim como gostaria de ser suportado ele próprio se estivesse naquela situação”


Muitas vezes me perguntei se e como podemos apoiar a mudança em cada pessoa.


Independente da nossa atenção para a nossa Presença Divina cheia de Graça, um seminário com Franz Prein – Formação dos Sentidos Internos – em junho de 2008, me deu uma resposta. Franz explicou que devemos aprender a ver o bom e o perfeito, portanto a perfeição em si, em cada pessoa, e dar-lhe uma bênção. No momento em que vemos a pessoa à nossa frente em perfeição, nós facilitamos neste momento a esta pessoa abandonar a sua imperfeição. Se ao invés disso olhassemos para a imperfeição momentânea nela e para o que nos incomoda, aumentaríamos esse campo de força negativo que a pessoa carrega consigo e daríamos mais energia a ele. Esse comportamento da nossa parte dificulta para essa pessoa, direcionar-se para a perfeição, mesmo ela querendo isso. Afinal, esse campo de força e de energia se torna cada vez maior, quanto mais tempo ficamos com raiva em relação a um erro do nosso próximo.


A americana Flower Newhouse, uma pessoa mística significativa do século 20, escreveu em seu livro Consciência Crística: “Com que direito condenamos outros ou a nós mesmos, se todos nós carregamos Deus dentro de nós”?
Se fizéssemos da formulação desta pergunta uma declaração, esta poderia ser:
Deus está em todas as pessoas, portando não condene ninguém, pois se não você condena a si próprio.
Outra importante descoberta que eu fiz através do pequeno livrinho azul, é uma afirmação do Elohim Órion, do Raio do Amor, na terça-feira. Ele diz:


“O Plano Divino reúne novamente determinadas correntes de vida, enquanto carregarem consigo recordações não resolvidas. Exatamente agora, as emanações de vida com as quais vocês ainda não estão em harmonia foram novamente conduzidas até vocês. Coloquem, portanto, de forma consciente, a imagem da plenitude de cada um desses seres humanos diante da visão espiritual de vocês. Deixem que, para isso, eu dê a força da minha sensibilidade a vocês, o meu sentimento amoroso de entrega incondicional, com respeito a tais emanações de vida. Quando aceitarem, vocês serão libertados de qualquer retorno das energias de seus erros passados. Assim, a Graça Divina dá a uma pessoa sempre a oportunidade de colocar tudo em ordem.”


Até aqui foi o trecho do Elohim Órion.


Penso que ele descreve exatamente que o perdão amoroso e incondicional perante os nossos próximos ao mesmo tempo nos redime dos nossos erros. O ato recíproco do perdão se torna um passo mútuo de redenção em direção à Liberdade.


E assim, desejo a todos nós, em Pentecostes, um forte derramamento do Espírito Santo, que está integrado em seu infinito e eterno Amor. Mas desejo também para nós, o reconhecimento de que somos todos presenteados pela Luz, porque a Graça Divina já está ancorada em nós, por meio da nossa Presença Divina. E que depende de nós, do nosso livre arbítrio, abrirmos a porta para a nossa Presença Divina e iniciarmos a viagem para a nossa origem, para a nossa Liberdade.


Vamos permitir que possamos descobrir a luz em nós, para que a nossa vida possa começar de novo, que nos tornemos a Luz deste mundo – nos tornemos discípulos da Luz.

Pentecostes 2009 – Benedikt Fassbender-Fiegl

www.pontedeluz.org

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